4 de septiembre de 2016

Roberto Piva

Poema vértigo

Yo soy el viaje de ácido
en los barcos de la noche
Yo soy el muchacho que se masturba
en la montaña
Yo soy el tecno pagano
Yo soy Reich, Ferenczi & Jung
Yo soy el Eterno Retorno
Yo soy el espacio cibernético
Yo soy la selva virgen
de las muchachas convulsivas
Yo soy el platillo volante tatuado
Yo soy el muchacho y la muchacha
Casa Grande & Senzala
Yo soy la orgía con el
muchacho rubio y su novia
de vagina colorida
él llevaba las bragas de ella
& bailaba hecho Shiva
en mi cuerpo)
Yo soy el nómada de Orgón
Yo soy la Isla de Terciopelo
Yo soy la Invención de Orfeo
Yo soy los ojos pescadores
Yo soy el Tambor del Chamán
(& el Chamán cubierto
de pieles y andrógino)
Yo soy el beso de Uranio
de Al Capone
Yo soy una ametralladora en
estado de gracia
Yo soy la Pomba Gira de lo Absoluto



Roberto Piva. Poema vertigem (saber-literario.blogspot.com)
Trad. E. Gutiérrez Miranda 2016


                    ∼

Poema vertigem

Eu sou a viagem de ácido
nos barcos da noite
Eu sou o garoto que se masturba
na montanha
Eu sou o tecno pagão
Eu sou o Reich, Ferenczi & Jung
Eu sou o Eterno Retorno
Eu sou o espaço cibernético
Eu sou a floresta virgem
das garotas convulsivas
Eu sou o disco-voador tatuado
Eu sou o garoto e a garota
Casa Grande & Senzala
Eu sou a orgia com o
garoto loiro e sua namorada
de vagina colorida
(ele vestia a calcinha dela
& dançava feito Shiva
no meu corpo)
Eu sou o nômade de Orgônio
Eu sou a Ilha de Veludo
Eu sou a Invenção de Orfeu
Eu sou os olhos pescadores
Eu sou o Tambor do Xamã
(& o Xamã coberto
de peles e andrógino)
Eu sou o beijo de Urânio
de Al Capone
Eu sou uma metralhadora em
estado de graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto


☛ PyoZ ☚